Histórico
A Cosan já havia tentado entrar no bloco de controle da ALL em fevereiro de 2012, mas as negociações não avançaram. Na época, a Cosan ofereceu quase R$ 900 milhões para comprar 38,9 milhões de ações da ALL, o equivalente a 5,6% do capital total da companhia.
A América Latina Logística (ALL) deve concluir na semana que vem o acordo para fusão com a Rumo Logística, do grupo Cosan. As ações da companhia dispararam ontem depois da confirmação, por meio de fato relevante, de que as negociações avançaram nos últimos dias. Os papéis da ALL chegaram a subir 22% pela manhã na Bovespa e fecharam o dia com alta de 19,44%, cotadas a R$ 6,45. Já as ações da Cosan também tiveram forte ganho, de 4,98%.
A empresa nega, porém, que já tenha firmado um acordo. "Em que pese referidas tratativas terem avançado nos últimos dias, não existe, na presente data, qualquer acordo firmado, proposta feita ou outro documento, vinculante ou não, celebrado entre as partes", informou, em comunicado.
A Rumo, empresa da Cosan, do empresário Rubens Ometto, representará entre 35% e 38% do novo negócio, enquanto de 65% a 62% será o equivalente ao negócio da ALL, segundo o jornal Valor Econômico. A companhia resultante que continuará a se chamar ALL será gerida por um acordo de acionistas do qual participarão apenas Cosan, TPG e Gávea (os fundos de investimento minoritários na Rumo) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Acionistas
Ao final da transação, a Cosan, de Ometto, terá entre 25% e 28% da ALL. Wilson De Lara e Ricardo Arduini, atuais controladores da América Latina Logística, deixam o acordo de acionistas da nova empresa. Juntos, os sócios têm 11,5% da ALL, mas comandam 53% do acordo de acionistas da companhia, o que lhes garante o controle político do negócio.
Em linhas gerais, o acordo é benéfico para ambas as empresas a ALL se uniria a um grupo sólido e capitalizado, o que permitiria acelerar investimentos, e a Cosan avançaria na área de infraestrutura, que é um dos seus focos de crescimento.
As empresas vêm negociando há três meses a fusão das operações, em meio a uma disputa judicial envolvendo um contrato de transporte de açúcar até o Porto de Santos (SP). A fusão seria uma forma também de acabar com uma briga na justiça entre a ALL e a Rumo sobre o acordo de R$ 1,1 bilhão firmado em 2009. A Rumo acusa a ALL de não fazer investimentos na malha para atender a demanda. A ALL diz que teve problemas com licenças ambientais.
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