A fusão dos negócios entre a BM&FBovespa e a Cetip resultará em uma economia de despesas de 10% a partir do terceiro ano da combinação dos negócios. Essa redução deverá ficar concentrada nas áreas de suporte.

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“As sinergias virão das áreas de suporte, uma vez que as áreas de negócios são complementares. Esperamos uma sinergia de 10% das despesas no terceiro ano da operação”, afirmou nesta segunda-feira Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.

Também é esperada que a fusão resulte na criação de novos produtos e melhor alocação de recursos por parte dos clientes. “A motivação para a fusão não foi essa sinergia de despesa. Vamos ter muitas oportunidades de projetos que levarão ao crescimento combinado dessa companhia”, afirmou Gilson Finkelsztain, presidente da Cetip.

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A compra da Cetip pela Bolsa foi anunciada na última sexta-feira e resultará em um desembolso de aproximadamente R$ 12 bilhões. Os acionistas da Cetip, que faz o registro de títulos de dívida e de financiamento de veículos (Gravame), receberão a maior parte dos recursos (75%) e o restante em ações da BM&FBovespa, o que fará com que eles tenham 11,8% da empresa que surgirá da combinação entre os dois negócios.

Esse valor será ajustado pelos proventos pagos (dividendos e juros sobre o capital próprio) e o DI até a data da aprovação da fusão. Além disso, o valor a ser pago em dinheiro pode variar de acordo com a oscilação dos papéis da BM&FBovespa. Foi estabelecido um limite entre R$ 12,51 e R$ 16,75. Com isso, os acionistas da Cetip receberão entre R$ 42 e R$ 48,51 por ação.

A assembleia extraordinária de acionistas das duas empresas para aprovar a fusão deve ocorrer em meados de maio. A operação também precisa ser aprovada pelo Cade, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central.