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O presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse nesta sexta-feira (4), em coletiva na qual foi anunciada a fusão as Casas Bahia, que a finalização do acordo estava prevista para o fim de semana, mas foi antecipada porque a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) questionou uma "movimentação atípica" nas ações das empresas.

Diniz relatou que estava em um vôo para a França e voltou para concluir a fusão. O acordo foi assinado nesta sexta, às 6h30, segundo ele. Na quinta, as ações do Pão de Açúcar fecharam em R$ 56,95, com desvalorização de 0,64%. Nesta sexta-feira, operavam em alta de 8% no começo da tarde.

A Bovespa informou ao site G1 que não divulga comunicados enviados a empresas no caso de movimentação atípica de ações. Como procedimento padrão, a bolsa faz uma medição do comportamento das ações. Quando detecta uma volatilidade diferente nos ativos, envia um alerta às empresas e pede esclarecimentos.

A empresa não é obrigada a se manifestar sobre o comunicado. A reportagem não encontrou, no site da Bovespa, nenhuma resposta do Grupo Pão de Açúcar referente ao comunicado relatado por Diniz.

Por meio de nota, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não informou se vai tomar alguma medida em relação à movimentação atípica. A CVM disse "que acompanha e analisa as informações e notícias relativas às companhias abertas e adota as medidas devidas quando necessário". A autarquia diz ainda que examina os negócios realizados com as ações das companhias abertas "antes da divulgação fatos relevantes ao mercado".

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