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Fusões e aquisições têm queda de 14% no Sul

A economia mais fraca provocou uma a queda de 14% no ritmo de fusões e aquisições no primeiro semestre no sul do país. Segundo relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) foram 44 operações, contra 51 no mesmo período do ano passado. O Sul teve uma participação de 12,3% no total de negócios no Brasil no período. Nos primeiros seis meses do ano passado, esse porcentual havia sido de 14,4%.

Segundo o relatório, frigoríficos e abatedouros lideraram em número de operações, com 18%, seguidos pela indústria de papel e celulose, com 12%, e tecnologia da informação, com 6% no Paraná.Das operações apuradas no estado, 53% tiveram participação de estrangeiros e 65% envolveram compra de controle de capital. O perfil de negócios no estado foi na contramão do resultado nacional, onde houve maior presença de investidores nacionais, com 60,6%.

"O apetite do investidor estrangeiro por investimentos em países emergentes está diretamente ligado à sua percepção do potencial de crescimento no mercado destino, do nível de segurança jurídico e regulatória, da atratividade da empresa alvo e do seu nível de maturidade e profissionalização" diz Carlos Peres, sócio da PwC no Brasil. De acordo com ele, os empresários da região sul estão cada vez mais investindo em governança, sistemas de controle e profissionalização da gestão, o que os deixa mais preparados para uma eventual venda de participação societária e ajuda a explicar a maior participação de investidores estrangeiros na região.

Entre os negócios registrados no Paraná até agora estão a aquisição da fabricante de equipamentos agrícolas Montana, de São José dos Pinhais, pelo grupo francês Kuhn; a venda de 49% das operações a norueguesa Norsle Skog em Jaguariaíva para o grupo chileno BO/Pathfinder – que já havia comprado 51% das operações brasileiras em junho de 2013 -; e a venda da Frango Seva, de Pato Branco, para a processadora de aves Agrogen, de Montenegro (RS).

Outra operação de destaque foi a venda, por parte da fabricante de café solúvel Cia Iguaçú, de Cornélio Procópio, da sua marca de café na Romênia Amigo, para a holandesa Strauss Coffee. O negócio envolveu US$ 20 milhões. A JBS, por sua vez, anunciou a compra, por R$ 105 milhões, da processadora de alimentos Bela Foods, de Jaguarapitã, no norte do Paraná.

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