A Microsoft vive um dilema existencial: conta com mais de um bilhão de máquinas no mundo usando seu sistema operacional, o Windows, mas se vê diante de um cenário em que os consumidores estão cada vez mais gastando tempo com dispositivos móveis um mercado dominado pela Apple, com seu iPhone e iPad.
Para garantir seu futuro, a empresa aposta todas as suas fichas no Windows 8, a maior reformulação do sistema operacional desde o Windows 95. Lançado na semana passada, o produto chegou ao mercado com preços nunca praticados antes pela Microsoft. No Brasil, usuários de Windows 7, Vista e XP podem migrar para a versão Windows 8 Pro por R$ 69. O antecessor Windows 7 Pro chegou por aqui custando R$ 629.
De acordo com a empresa, o novo Windows é uma tentativa de unir num único programa a conveniência de um tablet e a produtividade de um PC e portanto dar fim ao calcanhar de Aquiles dos tablets, o fato de ser um aparelho voltado para o consumo de informação, mas pouco prático para tarefas mais produtivas, como escrever um texto ou editar uma foto. Junto com o Windows 8 a Microsoft lançou o Surface, um tablet com teclado que corrobora com a ideia de "tablet produtivo". Ainda não há previsão de chegada do Surface ao país.
O Windows 8 é totalmente diferente do Windows a que estamos acostumados. A tradicional área de trabalho continua lá, mas escondida, e a tela principal é formada por mosaicos com informações atualizadas em tempo real (e-mails, horário, clima, notificações de redes sociais) e outros aplicativos escolhidos pelo usuário. Há uma loja de apps, a Windows Store, que funciona nos moldes da App Store, da Apple, e da Play Store, do Google.
Na barra lateral à direita, há cinco ícones, que devem ser os mais usados pelos usuários: "pesquisar", "compartilhar", "tela inicial", "dispositivos" e "configurações". "Fizemos pesquisas com milhares de usuários e o resultado é que as pessoas querem, principalmente, pesquisar e compartilhar quando estão usando o computador", disse Priscyla Alves, gerente-geral do Windows na Microsoft Brasil, no evento de lançamento do Windows 8, em São Paulo.
O sucesso ou o fracasso do Windows 8 é, para muita gente, o grande fator que vai dizer se a Microsoft vai voltar a protagonizar o mundo da tecnologia, ou se passará a ser apenas uma grande empresa da área, focada em serviços para clientes corporativos.
Veja algumas das principais mudanças no Windows 8:
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