Em comunicado conjunto divulgado ontem, o G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) se comprometeu a levar a cabo, com vistas à implementação nos próximos dois anos, uma série de medidas para impedir que o setor financeiro volte a cometer os excessos que levaram à crise.
O comunicado do grupo deixa claro que os governos vão perseguir tanto medidas para limitar as "compensações" a executivos quanto "regras internacionalmente aceitas que elevem a quantidade e a qualidade das reservas de capital dos bancos e que desencorajem a tomada excessiva de riscos".
Os ministros do G-20 se reuniram na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI). O comunicado foi o mais incisivo de seus membros desde o início da crise na direção de uma convergência sobre a necessidade de mudar o setor financeiro.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que há um consenso de que a reforma do setor financeiro deve ser feita. "O momento é agora, porque as instituições financeiras estão voltando ao comportamento anterior à crise, como se nada tivesse acontecido", disse.
Ele destacou que a reforma deve levar em conta as características diferentes de cada país. "Trabalhávamos com menos alavancagem, não entramos nos subprimes [empréstimos de alto risco] e o setor de derivativos estava mais calmo. Temos que levar em conta essas diferenças na reforma", disse.
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