O G-20, grupo de países em desenvolvimento criado em 2003, considera que a Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), é indispensável e, em setembro, quando realizará uma reunião de cúpula no Rio de Janeiro, procurará alternativas para a retomada das negociações comerciais no âmbito global.

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A reunião, que acontece entre os dias 9 e 10, "servirá como uma mensagem de que a rodada é indispensável e que, portanto, os países em desenvolvimento não podem aceitar a hipótese de uma não-rodada", disse nesta sexta-feira a jornalistas o ministro de Relaçoões Exteriores, Celso Amorim.

O G-20 defende a eliminação das distorções no comércio agrícola provocadas por subsídios concedidos pelo países ricos aos seus produtores agrícolas.

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As negociações da Rodada Doha foram suspensas no dia 24 de julho pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, principalmente por causa das divergências entre Estados Unidos e a União Européia.

Amorim disse, após reunião em Brasília com o chanceler peruano, José Antonio García Belaunde, que ainda "é possível" um acordo na OMC.

— A rodada não está morta, está viva. Ela pode estar em um compasso de espera — acrescentou o ministro.

Belaunde anunciou a reincorporação do Peru ao G-20, liderado pelo Brasil e integrado também pela China, México, Índia e África do Sul, entre outros.

— Com o Peru, será G-23. Tanto o Peru quanto o Equador manifestaram interesse em voltar a fazer parte do G20 — afirmou Amorim.

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O reingresso dos dois países se formalizará na próxima reunião do G-20, segundo Amorim. Lamy também deve participar da cúpula no Rio.