Os líderes das 20 maiores economias do mundo concordaram em adotar uma série de ações de estímulo fiscal e de maior regulamentação do mercado financeiro. O acordo, anunciado ontem pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, durante o encontro do Grupo dos 20 (G-20), em Londres, faz parte do esforço multilateral empreendido para reanimar a economia global.
A principal medida formulada pelo G-20 será o aporte de US$ 1,1 trilhão em organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para financiar o comércio internacional e ajudar os países em situação mais delicada. A maioria dos analistas acredita que o montante é muito menor do que o necessário. Mesmo assim, a mobilização dos governos das nações que respondem por quase 90% da riqueza global foi recebida de forma positiva nos quatro cantos do mundo com as bolsas de valores subindo ao longo do dia.
"Este é o dia em que o mundo se uniu para combater unido a recessão global", declarou Brown. "Nossa mensagem é clara e objetiva: nós acreditamos que problemas globais requerem soluções globais." Ao fim da conferência, o G-20 lançou uma estratégia relativamente detalhada para a recuperação econômica.
Entre os tópicos que entraram no texto lido pelo primeiro-ministro britânico estão uma regulamentação mais rígida para o funcionamento de hedge funds e agências de classificação de risco, maior pressão sobre paraísos fiscais que estarão sujeitos a sanções caso não colaborarem com outros países , regras para limitar o pagamento de bônus a banqueiros e uma abordagem-padrão para lidar com ativos podres e balanços de instituições financeiras que operam em escala mundial. Por fim, reforçando o discurso contra o protecionismo, os países concordaram em expor e constranger os governos que criarem barreiras comerciais.