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Pacote econômico

G-20 se reúne em 2 de abril por ação conjunta anticrise

No dia 2 de abril, os chefes de Estado e de governo das 20 maiores economias do mundo se reunirão em Londres para dar a sua resposta à crise mundial. É difícil prever em que medida eles atenderão às imensas expectativas em torno desse encontro, considerado por muitos "a última chance" de ação coordenada. Os prognósticos vão do completo fracasso a ganhos importantes obtidos já nos preparativos. Uma coisa parece certa: a crise elevou o G-20 à condição de principal foro de decisão econômica. Resta saber se esse papel sobreviverá à crise.

O G-20 foi criado em 1999, por iniciativa do G-7, em meio a outra crise, que engolfava Tigres Asiáticos, Rússia e Brasil. A ideia era encorajar os países em desenvolvimento a adotar as boas práticas fiscais e monetárias. Hoje, a situação é quase inversa: países emergentes, como o Brasil, a China e a Índia, tratam os desenvolvidos como os causadores do problema e, em alguns casos, exibem sistemas de regulação e supervisão mais robustos que os do "Primeiro Mundo".

"O G-20 tem um significado muito importante, porque formaliza o conceito de multipolaridade, uma das principais consequências da globalização", diz Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, e ex-presidente do Banco Central (1980-1983). "É um novo ator econômico e geopolítico em um mundo antes dominado pelos países industrializados. Hoje, não é possível encontrar soluções que não envolvam as principais economias emergentes. O G-20 vai tornar logo, logo o G-7 peça de museu.

O governo brasileiro tem abraçado o G-20 como o palco da realização de uma velha reivindicação do País: a participação dos emergentes nos processos de tomada de decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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