| Foto: WANG ZHAO/AFP

A economia do Brasil já começa a reagir. Essa foi a mensagem central do discurso inicial do presidente Michel Temer na reunião informal dos cinco grandes emergentes do grupo conhecido como BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Aos demais chefes de Estado, Temer ressaltou as reformas propostas e mencionou até o Congresso Nacional ao afirmar que a Casa ajudará a executar as mudanças estruturais que permitirão ao País a voltar a crescer.

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“No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído. Estamos promovendo um ajuste fiscal amplo e sustentável. Juntamente com o Congresso Nacional, instituiremos um teto constitucional para o crescimento das despesas governamentais”, disse Temer. “O crescimento real zero do gasto público levará à redução da dívida do Estado brasileiro”.

Aos demais líderes dos grandes emergentes, Temer afirmou que “uma ambiciosa agenda de reformas estruturais também está em curso para elevar a produtividade da economia e gerar ambiente de negócios mais favorável”. “Estimularemos os investimentos em infraestrutura, sobretudo por meio de concessões de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e sistemas de geração e transmissão de energia”, destacou o presidente brasileiro.

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Atualmente, o Brasil é o País com pior desempenho econômico entre os cinco grandes emergentes. Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será o pior no grupo. Diante dessa realidade, Temer disse aos demais líderes que a adoção das novas políticas econômicas já resulta em “sinais de retomada da economia” brasileira. “Estamos seguros de que, em breve, a nossa economia voltará a crescer, em benefício dos brasileiros e da economia global”, afirmou Temer.

Sobre os BRICS, Temer falou rapidamente que os países do grupo “são forças positivas” para estabilidade econômica global. “O Novo Banco de Desenvolvimento e o arranjo contingente de reservas ilustram como podemos trabalhar em conjunto de modo inovador e eficiente. Um trabalho coletivo em prol de sociedades mais prósperas e mais justas”, disse aos demais líderes. (Fernando Nakagawa e Claudia Trevisan, Enviados especiais)