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O G20 concordou em caminhar "mais rapidamente" para taxas de câmbio flexíveis, segundo o esboço de um plano de ação para o crescimento que adota uma linguagem mais forte sobre moedas do que as declarações anteriores.

O esboço, que foi para aprovação final dos líderes do G20 em uma cúpula na sexta-feira, também menciona a China pela primeira vez no contexto de uma maior flexibilidade cambial.

Pequim tem enfrentado pressão dos países ocidentais para permitir que sua moeda flutue mais livremente, mas tem se recusado a ceder a essas exigências.

"Afirmamos nosso compromisso de avançar mais rapidamente para sistemas de câmbio mais determinados pelo mercado e aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio, para refletir fundamentos e nos abster de desvalorização competitiva das moedas", disse o esboço, cuja cópia foi obtida pela Reuters.

O G20 saudou a determinação da China de aumentar a flexibilidade da taxa de câmbio "consistente com os fundamentos do mercado", bem como as recentes alterações do regime cambial da Rússia.

Autoridades do G20 de economias emergentes disseram que a linguagem sobre as moedas pode ser amenizada na versão final do documento.

Será a primeira vez que o G20 publica um "plano de ação" com compromissos específicos nacionais para impulsionar o crescimento e reequilibrar a economia global.

O plano também inclui uma lista de seis pontos de medidas para o fortalecimento do crescimento a médio prazo e etapas detalhadas que cada país do G20 se compromete em empreender.

Os Estados Unidos, por exemplo, comprometeram-se no esboço a colocar a relação dívida/PIB em uma trajetória declinante até meados da década.

Economias de mercado emergentes e a Alemanha prometeram implementar medidas para impulsionar o crescimento liderado pela demanda doméstica.

AMEAÇA AO CRESCIMENTO

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que enfrenta uma campanha de reeleição em 2012, tinha a esperança de usar a sua presidência do G20 para perseguir um repensar ambicioso do sistema monetário mundial.

Mas ele teve que frear suas ambições, conforme a crise da zona do euro explodiu, ameaçando mergulhar a economia mundial de volta à recessão.

O Banco Central Europeu reduziu as taxas de juros na quinta-feira pela primeira vez em mais de dois anos, dizendo que a zona do euro poderia sofrer uma "recessão leve" na última parte do ano. Um dia antes, o norte-americano Federal Reserve cortou suas previsões para o crescimento na maior economia do mundo.

"Nos mercados emergentes, há também sinais claros de uma desaceleração no crescimento, conforme os desenvolvimentos das economias avançadas começam a pesar sobre esses países", disse o esboço.

"Em algumas economias emergentes, permanecem a estabilidade financeira e os riscos de superaquecimento", acrescentou. "A falta de flexibilidade cambial em alguns países limita as opções políticas para lidar com esses riscos."

O G20 também repetiu sua postura usual sobre a volatilidade das moedas, dizendo que "os movimentos desordenados das taxas de câmbio têm implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira".

Em seu comunicado final, os líderes do G20 devem pedir um reforço do Conselho de Estabilidade Financeira, uma força-tarefa criada no auge da crise financeira global determinada a olhar as regulações financeiras globais.

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