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Investimentos

G7 alerta mercados sobre negócios com o iene enfraquecido

O Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7), sob pressão para tratar do declínio do iene, alertou os investidores no sábado de que eles podem se prejudicar ao apostar em uma única direção, quando a economia do Japão continua a se fortalecer.

O G7 também repetiu apelos para a China relaxar o aperto estatal no iuan, pedindo mais flexibilidade cambial e citando a quarta maior economia mundial por nome.

A principal inovação de um encontro dominado por moedas e riscos de mercado veio em uma declaração de confiança na recuperação da economia do Japão e alertas de autoridades contra o chamado ``carry trade'' -uma jogada de investimentos que aumenta a fraqueza do iene.

Em comunicado depois das negociações em Essen, na Alemanha, o G7 disse que a economia dos EUA estava sólida e a Europa se recuperava amplamente.

``A recuperação do Japão está no caminho certo e deve continuar. Estamos confiantes que as implicações desses desenvolvimentos serão reconhecidas pelos participantes do mercado e incorporadas em nas suas avaliações de risco.''

O iene recentemente atingiu o menor patamar em 21 anos e já perdeu terreno para o euro e o dólar, levantando preocupações de que exportadores europeus irão sofrer de forma desproporcional na competição nos mercados mundiais.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, acrescentou um alerta contra a prática de tomar emprestado grandes quantias em moedas de baixo rendimento como o iene para reinvestir em outro lugar que oferece lucro maior -o chamado carry trade.

``Queremos que os mercados estejam cientes dos riscos de apostas em uma via só, em particular no mercado de câmbio'', disse Trichet em entrevista coletiva, acrescentando que não estava se referindo apenas a ``carry trades'' com o iene.

As negociações em Essen envolveram ministros das Finanças do G7 -Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e Canadá- e ministros da China, cuja economia está agora maior que a de muitos no grupo das nações ricas.

O comunicado do G7 repetiu o pedido por mais flexibilidade nas moedas e disse que esse era especialmente o caso da China.

``Em economias emergentes com superávits em conta corrente amplos e crescentes, especialmente a China, é desejável que a taxa de câmbio efetiva se mova para que ajustes necessários aconteçam'', afirmou o comunicado.

A China, que recebeu tratamento especial da Alemanha, presidente do G7, e foi convidada pela primeira vez a fazer parte de ponto estratégico das negociações do G7, emitiu um comunicado próprio mas não disse nada sobre o novo apelo a respeito do iuan.

``Nós continuamos fortalecendo os ajustes macroeconômicos'', afirmou o ministro das Finanças, Jin Renqing.

O outro alvo de atenção do G7 foi a indústria de fundos de hedge. ``Dado o forte crescimento da indústria de fundos de hedge e os instrumentos que eles negociam, precisamos ser vigilantes'', apontou o comunicado.

Além do tratamento especial reservado à China, a Alemanha também convidou representantes de outras importantes economias emergentes para Essen, do Brasil, Índia, México e África do Sul.

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