O G7, grupo das principais economias desenvolvidas, está considerando emitir um comunicao nesta semana reafirmando o seu compromisso em torno de taxas de câmbio "determinadas pelo mercado", em resposta ao acalorado embate sobre uma guerra cambial, disseram duas autoridades do G20, nesta segunda-feira (11).
As duas fontes, de diferentes países, disseram à Reuters que, se aprovado, o comunicado pode ser lançado na reunião de ministros das Finanças do G20 e dos bancos centrais na sexta-feira (15) e no sábado (16), em Moscou.
"Ele (o documento) concentra-se em um compromisso em que as taxas de câmbio serão determinadas pelo mercado e que (os governos) não vão utilizar políticas para manipular moedas", disse uma autoridade.
O texto pode mudar um pouco, mas está muito semelhante à última declaração emitida pelo G7 sobre moedas em 2011.
Vários países reagiram com alarme à política monetária expansionista adotada pelo governo do Japão, que levou o iene a se enfraquecer rapidamente.
Na semana passada, a França chegou a pedir um objetivo de médio prazo para a cotação do euro. Berlim rejeitou a sugestão e disse que não via que a moeda estava sobrevalorizada.
O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, o homem amplamente creditado com a cunhagem do termo guerra cambial, disse à Reuters na semana passada que a situação cambial global pode ficar ainda pior se a Europa se unir à luta.
A questão será discutida em Moscou, mas autoridades não esperam o Japão seja pressionado nessa fase.
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