O gabinete da Alemanha aprovou nesta terça-feira uma contribuição de até 147,6 bilhões de euros (cerca de US$ 187,27 bilhões) no pacote de estabilização europeu de 750 bilhões de euros (cerca de US$ 951,6 bilhões) acordado no final de semana por países da União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI). Os ministros das Finanças da União Europeia decidiram conceder 440 bilhões de euros em garantias para empréstimos de emergência a serem oferecidos por um veículo especial para os países-membros com elevado endividamento, enquanto o FMI contribuirá com 250 bilhões de euros.
"A situação das finanças públicas dos países-membros da União Europeia deteriorou-se notadamente em meio à crise econômica e financeira global. A intensificação recente da crise levou à deterioração das condições financeiras em alguns Estados-membros em um curto período de tempo e para um nível que não pode ser explicado a partir de indicadores de fundamentos", diz o projeto de lei aprovado, obtido pela Dow Jones.
"Uma aceleração de tal situação provocaria risco, não só de default de tais Estados, mas também resultaria em uma séria ameaça à estabilidade financeira da união monetária como um todo", diz o documento. De acordo com a participação da Alemanha no capital do Banco Central Europeu, a contribuição do país no pacote de 440 bilhões de euros em empréstimos garantidos seria de 123 bilhões de euros, mas previa-se uma contribuição maior, já que não está claro quantos países poderão oferecer recursos.
"No caso de necessidade imprevista e indesejável, a participação nas garantias pode ser elevada em 20% se o comitê de orçamento (da Câmara Baixa do Parlamento) concordar", diz o projeto de lei. Os países com crescentes problemas de financiamento são Portugal, Espanha, Irlanda e Itália. As informações são da Dow Jones.