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Petróleo

Gabrielli deixará a Petrobras; Graças Foster deve assumir

Diretora da Petrobras, Graças Foster deve assumir cargo de José Sérgio Gabrielli | Valter Campanato / ABr
Diretora da Petrobras, Graças Foster deve assumir cargo de José Sérgio Gabrielli (Foto: Valter Campanato / ABr)
José Sérgio Gabrielli |

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José Sérgio Gabrielli

A maior empresa do Brasil deve mudar de comando no mês que vem. O atual presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, passará o cargo para a diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, no próximo dia 13 de fevereiro, na reunião do Conselho Admi­­nistrativo da estatal, de acordo com informação da Globonews, divulgada na noite de sábado. Segundo as informações da emissora, Gabrielli, que está há quase sete anos à frente da companhia petrolífera, deve assumir um cargo no governo Jaques Wagner e, depois, disputar as eleições em 2014 para o governo da Bahia ou para o Senado. O cargo de Graça — como é conhecida —, por sua vez, terá uma "solução interna", ainda de acordo com a Globonews. Procurada pela reportagem, a Petrobras não confirmou a informação.

A saída de Gabrielli já é alvo de especulações desde o ano passado, por suas aspirações políticas. Também era esperada sua substituição por Graça. Isso porque a diretora tem perfil técnico, bem ao gosto da presidente Dilma Rousseff, de quem é amiga. Engenheira química com pós-graduação em engenharia nuclear pela UFRJ, ela é considerada competente, leal a seus superiores, exigente e às vezes pouco afável nas ne­­gociações — o que faz com que muitos a vejam como uma pessoa dura. Funcionária de carreira, comandou o programa de biodiesel da estatal.

A história de Graça reflete diversos pioneirismos. Ela entrou na estatal como estagiária em 1978 e chegou a ser uma das primeiras mulheres a trabalhar "embarcada" nas plataformas de petróleo em alto- mar. Também ocupou diversos postos de prestígio na companhia e no setor energético. Esteve à frente, por exemplo, da BR Distribuidora e da Petroquisa.

Além disso, já esteve na administração federal: foi titular da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia quando Dilma era a titular da pasta. Ali, coordenou o Prominp, programa de qualificação da indústria do petróleo, e o programa de biodiesel do governo.

Mas foi no retorno à Petro­­bras — ela voltou para substituir Ildo Sauer na diretoria de Gás — onde se fez mais conhecida e mostrou alguns traços de sua personalidade. Além de estar totalmente envolvida com o desenvolvimento do pré-sal, foi muito combativa na chamada "crise do gás", quando Brasil e Bolívia divergiram sobre a quantidade e o preço de combustível do país andino que viria para o Brasil.

Já Gabrielli entrou na Petro­­bras em 2003, como diretor Financeiro e de Relações com Investidores, por indicação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, sua nomeação causou apreensão no mercado, que considerava seu perfil acadêmico demais para a função. No entanto, Gabrielli conseguiu quebrar a desconfiança dos investidores e assumiu a presidência da Petrobras em julho de 2005, mesmo ano em que ganhou do jornal The New York Times, o título de "Me­­lhor Executivo de Finan­­ças da América Latina" e o troféu "Equilibrista", do Instituto Brasileiro de Exe­­cu­­tivos de Finanças (Ibef). Ga­­brielli é formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia e fez doutorado na Univer­­sidade de Boston.

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