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O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta sexta-feira (18) que, se fosse o governo, gostaria de ter mais de 50% da empresa, "porque é um bom investimento". O executivo ressaltou, no entanto, que o governo não é contra a participação de outros acionistas, tanto que, no setor bancário, está ampliando a fatia de capital do Banco do Brasil destinada a investidores estrangeiros.

"Se eles (o governo) puderem ter mais de 50% (da Petrobras), terão", disse Gabrielli. A participação do governo na companhia foi uma das questões levantadas na apresentação feita hoje pelo executivo a investidores, em Londres. Segundo ele, o governo não forçará uma avaliação mais elevada das reservas de petróleo, porque isso faria os papéis da companhia entrarem em colapso, destruindo valor para a própria União.

Gabrielli também avaliou que o aumento de capital da Petrobras é uma operação normal, embora o valor seja pouco usual. Na operação de capitalização que será conduzida para que a empresa tenha recursos para investir no pré-sal, os investidores minoritários terão a chance de comprar novas ações da companhia. O executivo reafirmou que, neste processo, deve haver uma diluição da atual base de acionistas, porque nem todos conseguirão subscrever os papéis da companhia. "A capacidade financeira do mercado não é suficiente para acompanhar (o aumento de capital)", afirmou. Para o presidente da Petrobras, mesmo os minoritários que não seguirem a operação serão beneficiados, porque a empresa se fortalecerá.

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