O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está apurando um desvio na companhia telefônica de Londrina e região, a Sercomtel, por meio de um esquema de cartões para telefones públicos e recarga de celular pré-pago. O rombo pode chegar a R$ 9 milhões, segundo informações do órgão.
A fraude ocorreria com o pagamento pelos cartões com cheques sem fundos por uma empresa terceirizada, a Solterc, que revendeu os cartões, no atacado e no varejo, entre 2008 e 2009. O delegado do Gaeco, Ernandes Cezar Alves, confirmou a existência dessa informação no inquérito, mas disse que a investigação está focada agora no valor de R$ 600 mil em cheques sem fundo, confirmado por uma auditoria interna da companhia ainda em 2010.
Em valores atuais, o desvio seria de cerca de R$ 780 mil, mais que o faturamento mensal da Sercomtel com cartões atualmente, que é de R$ 600 mil. Atualmente, segundo presidente da Sercomtel, Christian Schneider, 70% das recargas já são feitas por meios eletrônicos.
Ainda de acordo com o diretor-financeiro da Sercomtel, Claudemir Molina, a empresa criou um grupo de trabalho para "auditar todo o processo" que envolve a venda de cartões, para saber se existe mais algum furo que possa resultar no desvio de recursos. O JL não conseguiu localizar os responsáveis pela Solterc para comentar o assunto.