O diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo,| Foto: Albino Oliveira/Ministério da Fazenda.
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Nesta segunda-feira (26), o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse que as divergências internas da instituição não têm “um impacto muito relevante”.

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Galípolo deu a declaração durante participação na 2ª Conferência Diálogos com o Futuro, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina.

“Não são divergências que tenham um impacto muito relevante. […] É um processo de aprendizado da autonomia. Nós estamos passando pela 1ª experiência, mas o que eu acho é que deve significar que tenha essa coisa de que não vai provocar grandes rupturas, porque existe um corpo técnico e uma institucionalidade de consumir os dados e os modelos que está estabelecido na instituição do Banco Central”, declarou.

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Impasse no Copom

A fala de Galípolo foi uma referência ao impasse ocorrido em maio, durante votação dividida no Comitê de Política Monetária (Copom) que definiu corte de 0,25% na taxa Selic, que foi fixada em 10,5% ao ano.

Os quatro diretores do BC indicados pelo presidente Lula (PT) se manifestaram pelo corte de 0,5 pontos percentuais na taxa básica de juros. Outros cinco diretores votaram pelo corte de 0,25%.  

Segundo Galípolo, o Banco Central tem um modelo institucionalizado de análise de dados e as divergências entre os diretores são “granulares”.

Alinhamento de discurso com Campos Neto

A declaração de Galípolo vai no mesmo sentido de falas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem defendido a união dos diretores e a recuperação da credibilidade do banco após a votação dividida do Copom.

Galípolo tem sido apontado como nome preferencial do presidente Lula para ser indicado ao cargo de presidente do BC após Campos Neto deixar o comando da instituição, em dezembro deste ano.

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