O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (9) que sua indicação para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central seguiu a lei de autonomia da autarquia. Nesta segunda (8), o ministro Fernando Haddad confirmou o nome de Galípolo para a vaga. O secretário disse ainda que “seria estranho” se o indicado não fosse alinhado ao governo.
“Me parece que as críticas estão associadas à ideia de que o ministro Fernando Haddad e o presidente indicaram alguém que está afinado com o governo, mas seria muito estranho se fosse diferente, se indicassem alguém desafinado com eles. Está sendo cumprido o que prevê a Lei da autonomia do Banco Central, cada governo que chegar vai indicar seus diretores e me parece trivial que os diretores indicados tenham algum tipo de alinhamento com o governo eleito”, disse Galípolo em entrevista coletiva.
Ele ressaltou que tem uma “boa relação” com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e com a diretoria da instituição. Galípolo preferiu não comentar a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% na semana passada. “Eu tenho uma boa relação com Roberto Campos desde o início, uma boa relação com a diretoria, o que não significa obrigatoriamente que todo mundo vai pensar igual”, afirmou.
Haddad também indicou Ailton Aquino dos Santos para a diretoria de fiscalização do BC. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e o plenário do Senado ainda precisam referendar os nomes. Galípolo foi questionado se recebeu alguma sinalização do governo para assumir o comando do BC após a saída de Campos Neto, em 2025.
"Não, não [tive sinalização para presidir o BC]. O que conversei, tanto com o ministro, e também o presidente sabe disso, eu não vim aqui para cá para ter nenhum projeto de carreira pessoal, não faz nenhum sentido para mim. então A minha posição sempre foi, tanto com o presidente quanto com o ministro, que estou aqui para tentar colaborar com o projeto", disse.
"Desde que se entenda que eu possa colaborar e, na posição que se entenda que eu possa colaborar, eu me sinta confortável em desempenhar, eu estou à disposição do presidente e do ministro Fernando Haddad para desempenhar e jogar na posição que eles entenderem que é a mais adequada e que eu possa colaborar melhor", completou Galípolo.
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