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Internet

Games online se popularizam em todo o mundo

Com a popularização do acesso à internet rápida (banda larga), os jogos pela internet se massificaram no mercado brasileiro em 2006. Os games online reúnem milhões de jogadores ao redor do planeta e engordam os bolsos da indústria do setor. Só na China, segundo o último levantamento do instituto de pesquisas IDC, esse mercado aumentou 73% em 2006, em relação ao ano anterior, e faturou o equivalente a US$ 840 milhões.

As cifras poderiam superar os US$ 3,2 bilhões (2,5 milhões de euros) até o ano de 2011, com um crescimento médio anual de 30%. Dos mais de 31 milhões de chineses que acessam jogos pela internet, a maioria tem entre 18 e 30 anos.

No Brasil, o mercado está em rápido crescimento, segundo a Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos (Abragames). Tanto é que a associação promoveu, em setembro do ano passado, o 2 Fórum de Games Online.

Massificação

Os jogos online são chamados de MMOG (Massive Multiplayer Online Game, sigla em inglês para jogo em rede para massas). É diferente dos tradicionais RPGs (Role Playing Game - Jogo de Interpretação de Papéis), onde os jogadores interpretam diferentes personagens em mundos variados.

— A vantagem é que o MMOG favorece o surgimento de comunidades na internet, já que os jogos estão online — acredita o jogador e professor de educação física paulista Victor Lereus de Assis, de 22 anos.

Os jogos mais procurados são os da produtora coreana NCSoft, gigante mundial do segmento, que distribui títulos no Brasil por intermédio da Level Up!. Entre os mais conhecidos estão "City of Heroes", "Ragnarök", "Priston Tale", "Second Life" e o "Grand Chase". O site da Level Up! é www.levelupgames.com.br.

Outro site brasileiro que oferece jogos casuais (que não precisam ser instalados no computador) é o Atrativa, que foi recentemente adquirido pela empresa RealNetworks. São 70 games online e 80 para download, como Collapse, Batalha Naval e Xadrez. O endereço é www.atrativa.com.br.

Crescimento

Segundo a companhia, o mercado latino-americano de jogos online ainda é tímido, "mas o elevado percentual de crescimento do uso da banda larga na América Latina (70,7% por ano) a transforma em uma grande oportunidade de negócios, com um potencial que está longe de ser totalmente explorado", informou em nota o Atrativa.

Jogadores ficam horas conectadosEles chegam a ficar até cinco horas grudados na tela do computador, conectados a outros fãs de jogos do mundo inteiro. Os jogadores se dividem em três grupos: os dedicados fãs de RPGs (os MMOGs), os que gostam de uma ação entre amigos (os jogos de servidores) e também os que não querem saber de compromisso na rede (os ‘casual games’).

O professor de educação física Victor Lereu de Assis, de 22 anos, faz parte do primeiro grupo. Ele fica até três horas na frente do computador quando não está com o dia lotado de aulas na academia onde trabalha. Seus jogos preferidos são "Counter-Strike", "Condition Zero", "City of Heroes" e "Diablo 2".

Victor prefere sempre os jogos online onde pode concorrer com outros jogadores.

— Pela internet é muito mais divertido. Jogar sozinho não tem a menor graça e a gente acaba até ficando amigo de muitos usuários, a ponto de incluir o amigo virtual no Orkut — conta Assis.

Emoção

Para o estudante Lucas Alves, de 16 anos, o jogo online está em sua rotina.

— Até tenho o Playstation em casa, mas estou viciado no computador e a competição com outros jogadores é que dá emoção ao game — diz.

Ele fica até cinco horas por dia no PC jogando "City of Heroes", seu game preferido, onde o jogador vive um super-herói que tem objetivos a cumprir.

Assinatura mensal de site custa a partir de R$ 16

— O truque para se dar bem nos MMOGs é fazer amigos e entrar para uma comunidade — acredita Lucas Alves, que joga o game "World of Warcraft" desde o dia do lançamento nos Estados Unidos. A maioria dos jogos cobra assinatura ou vende créditos.

As assinaturas variam de R$ 25 por mês, para os jogadores brasileiros de Sphere, até R$ 75 por três meses de Ragnarök (há outros planos, como o de R$ 16 ao mês). Para importados, a taxa mensal é de US$ 15, em média.

Mas o mundo dos jogos online vai muito mais além. Há quem venda itens com os quais os jogadores podem melhorar seu desempenho nas partidas. A venda geralmente é feita em lojas especializadas ou no próprio site das empresas que administram o jogo. Um super item, por exemplo, pode chegar até R$ 120 na internet.

Com mais de 3 milhões de usuários, o jogo "Second Life", é um bom exemplo como esse mercado é lucrativo para muita gente. Empresas como IBM, Volkswagen, Coca-Cola, Philips, entre outras, utilizam o game para fazer reuniões e promover eventos, já que o título oferece táticas e estratégias da vida real.

Dinheiro extra

O game permite também que desenvolvedores criem os itens para venda. Há casos de pessoas que ganharam muito dinheiro construindo bens virtuais no "Second Life", como uma chinesa que conseguiu faturar 1 milhão de dólares construindo prédios e casa virtuais.

Além das assinaturas e venda de itens, o mercado de games online também não está livre dos servidores piratas, que permitem jogar sem pagar assinatura. O problema é que esses servidores ficam alheios às promoções e eventos realizados pelos desenvolvedores do jogo original e, não dão assistência técnica em caso de problemas para os usuários.

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