Algumas coisas são certas na vida. Conquistar uma medalha olímpica não é uma delas, mas ter de pagar imposto se você ganhar uma é - pelo menos para os atletas americanos competindo na Rio-2016.
Independentemente de onde os cidadãos americanos ganhem dinheiro (mesmo ouro), eles vão pagar imposto nisso. E os atletas participando da Olimpíada do Rio terão de arcar com uma cobrança sobre o valor de cada medalha que eles ganharem, além de uma dedução de imposto nos bônus em dinheiro que eles recebem pela conquista.
Essa cobrança sobre prêmios olímpicos, chamada de “taxa da vitória”, tem sobrevivido até agora a todas as tentativas de derrubá-la. O senador Chuck Schumer já tentou - e falhou - passar uma lei contra esse tipo de imposto.
“Nosso atletas olímpicos e paralímpicos deveriam estar preocupados em quebrar recordes mundiais, e não de quebrarem no banco quando eles ganharem uma medalha”, disse o senador em um comunicado este ano.
Ainda de acordo com o texto, “a maioria dos países subsidia seus atletas; o mínimo que nós podemos fazer é garantir que os nossos atletas não sejam atingidos por uma conta de imposto por ganharem”. E acrescenta: “Após uma vitória bem sucedida e duramente batalhada, simplesmente não é certo para os EUA darem as boas vindas a esses atletas com um imposto sobre aquela vitória”.
Quando se considera o valor do material envolvido, uma medalha de ouro dos Jogos do Rio vale cerca de US$ 564 - ou pouco mais de R$ 1.793, considerando a cotação da moeda americana na sexta-feira (12) - , segundo estimativa da revista “Forbes”. Enquanto uma de prata vale, aproximadamente, US$ 305 (quase R$ 970).
Os medalhistas também recebem prêmios em dinheiro. São US$ 25 mil para quem ganha medalha de ouro, US$ 15 mil para a prata, e US$ 10 mil para aqueles que levam o bronze. E esses valores também estão sujeitos a imposto no caso dos americanos.
E, enquanto a taxação sobre cada medalha pode não significar um grande problema para grandes nomes como Michael Phelps — que tem fortuna estimada em US$ 55 milhões —, há outros atletas com bem menos dinheiro, para os quais os encargos representariam uma mordida significativa nos prêmios.
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