O projeto de construção do gasoduto que ligaria a Venezuela à Argentina, passando pelo Brasil, causou divergências nesta quarta-feira entre o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Victor Martins. Victer, que apresentava palestra no seminário "Novas Tendências do Mercado de Gás Natural", afirmou que o projeto é um factóide e que seria inviável economicamente.
O diretor da ANP, que também participava do seminário, pediu em seguida que o secretário revisse a crítica. O executivo negou que se tratasse de um factóide e afirmou que era "uma intenção séria de três governos legítimos (Brasil, Venezuela e Argentina)".
- Acredito que esse gasoduto possa ser viável, interessante e importante para a integração energética da América do Sul - afirmou, lembrando que é necessário aguardar a conclusão dos estudos de viabilidade.
Victer explicou que, além de ser inviável economicamente e ambientalmente, porque corta a Amazônia, o projeto reduziria o interesse pela exploração de novos campos de gás no país, já que o Brasil ficaria com grande oferta do combustível venezuelano.
O secretário disse que é favorável que a integração energética sul-americana seja feita por meio da exportação de gás natural liquefeito (GNL).