O aumento no preço dos combustíveis na semana passada tem levado alguns consumidores a cruzar a fronteira em busca de economia. Enquanto em Foz do Iguaçu a gasolina comum varia de R$ 2,84 a R$ 2,989 e em Ciudad del Este, no Paraguai, pode ser encontrada por até R$ 3,80, em Puerto Iguazú, na Argentina, o litro é vendido pelo equivalente a R$ 2,42. Para encher o tanque com gasolina no Paraguai, o motorista desembolsa, em média, R$ 150, contra R$ 130, no Brasil, e R$ 110, na Argentina.
Há anos, o sobe e desce das moedas e as constantes mudanças no cenário econômico dos países que formam a tríplice fronteira funcionam como uma espécie de "maré" pela qual os consumidores da região se orientam em busca de produtos e serviços mais baratos. Em Foz do Iguaçu, 20% do movimento de alguns postos tem sido garantido pelos motoristas paraguaios.
Desde meados de 2011, os clientes do país vizinho foram responsáveis pela recuperação dos prejuízos causados pela debandada de brasileiros para os postos argentinos. "Há quase dois anos, chegamos a perder mais da metade do movimento quando a diferença entre o preço da gasolina daqui e a argentina chegou a R$ 1. No último ano, tudo mudou. A vantagem passou a atrair os paraguaios", comentou o gerente de posto Paulo Roberto Pigato. Para o comerciante Osmar Monges, de Ciudad del Este, continua vantajoso abastecer no Brasil. "Venho com dois carros pelo menos uma vez por semana há mais de um ano. Economizo R$ 0,80 por litro de gasolina e R$ 0,50 por litro de diesel. Quase R$ 300 por mês."
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