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Combustíveis

Gasolina deve subir até o Carnaval

A guerra de preços que baixou o valor da gasolina nas bombas em Curitiba para abaixo de R$ 2,10 deve terminar na semana que vem, com a volta às aulas e os preparativos para o Carnaval, quando muita gente abastece. Essa é a avaliação de proprietários e gerentes de estabelecimentos, que não sabem precisar nem quando e nem quanto o combustível deve subir. Muitos alegam que as distribuidoras proíbem baixar o preço na bomba com ameaças de elevar o preço de custo.

A maior parte dos postos da cidade vende o litro da gasolina a R$ 2,09 e o do álcool a R$ 1,29. Esta semana vários baixaram a gasolina ainda mais, para R$ 2,07 ou até R$ 2,06. A queda dos preços começou há duas semanas, e num efeito dominó atingiu quase a totalidade dos estabelecimentos.

Apesar de ter baixado os preços para R$ 2,07 e R$ 1,29, o proprietário do posto BR, Carlos Schmidt, diz que o estabelecimento já teria fechado não fosse a loja de conveniência e o serviço de troca de óleo. Poucos mantêm o preço no patamar do início do ano, quando o combustível aumentou mais de 13%, ultrapassando R$ 2,50 no caso da gasolina e R$ 1,60 no do álcool.

Exceção é o posto de bandeira Ipiranga na esquina da Avenida Iguaçu com a Santa Catarina, no Água Verde. Apesar da queda nas vendas de 8 mil para 4 mil litros diário o proprietário mantém a gasolina a R$ 2,49 e o álcool a R$ 1,49, pelos quais paga R$ 2,08 e R$ 1,38, respectivamente. "Essa bagunça de preços não compensa pela pouca margem de lucro", diz o gerente Carlos de Souza.

Segundo ele e outros profissionais do setor, as distribuidoras condicionam a venda do combustível barato à redução do preço na bomba. "Um posto do Bairro Novo cobra R$ 2,03 o litro da gasolina e com isso consegue comprar a R$ 1,97", diz.

De acordo com o presidente do sindicato dos postos, Roberto Fregonese, a guerra de preços deve acabar em fechamentos nos próximos três meses. Ele reprova a interferência nos preços na bomba, que deveriam ser livres. "Já conversei sobre isso com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e me prometeram colocar uma lupa sobre Curitiba", diz.

Para o diretor do sindicato das grandes distribuidoras, Hélvio Rebeschini, o preço praticado pelas empresas é livre e varia de acordo com o volume encomendado. "O que ocorre é o contrário. O posto que está com margem achatada pede ajuda à distribuidora", diz.

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