O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o governo federal está estudando o momento certo para aumentar os preços dos combustíveis. Ele destacou que a Petrobras precisa realizar elevados investimentos, ao mesmo tempo em que o governo tem de controlar a inflação. Para o ministro, os preços dos combustíveis devem subir se a cotação do barril de petróleo atingir a média de US$ 130. Nesta quinta-feira, o barril de petróleo WTI fechou em US$ 102,54 na Bolsa de Nova York, com queda de 2,54% no dia. Em Londres, o petróleo Brent recuou 1,79%, para US$ 116,08 por barril.
"A Petrobras necessita mais do que nunca de investimentos altíssimos, e o preço [da gasolina] não se eleva há nove anos", disse o ministro. Em meados de abril, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que via como certo o reajuste da gasolina neste ano. Na época, ela afirmou que a Petrobras trabalhava com preço médio do Brent de US$ 119 o barril até o fim do ano. No ano passado, o preço médio do barril do Brent foi de US$ 111.
Nas mãos de Dilma
A questão do reajuste, entretanto, foi entregue à presidente Dilma Rousseff. "Ela está examinando isso com muito cuidado para não ter impacto na inflação, mas se o barril prosseguir aumentando o preço internacional, nós optaremos por isso", disse Lobão.
Até 2015, a estatal prevê investir US$ 224,7 bilhões. Os recursos serão aplicados na exploração da camada pré-sal, com contratação de plataformas e navios. Os valores incluem ainda a construção de refinarias.
Leilão de concessões
Lobão disse ainda que a presidente da República está decidida a fazer este ano a 11.ª rodada de licitações de áreas de petróleo no país. Isso, no entanto, depende da votação da lei dos royalties no Senado Federal, o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre. "Feita a votação (no Senado), ela autorizará", disse o ministro.
Diretoria
O ministro Lobão também afirmou que é possível haver mais mudanças na diretoria da Petrobras nos próximos 15 dias. Ele só garantiu a permanência do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e da BR Distribuidora, José Lima Neto. "A ideia é fazer a renovação completa em toda diretoria", afirmou Lobão.
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