A alta do dólar e a queda na renda do brasileiro reduziram os gastos com viagens internacionais nos cinco primeiros meses de 2015.
Segundo o Banco Central, essas despesas somaram US$ 8,3 bilhões no período, menor valor em cinco anos. O número representa uma queda de 21% em relação aos mesmos meses de 2014, quando o valor havia sido recorde (US$ 10,5 bilhões). Em maio, os brasileiros gastaram US$ 1,4 bilhão fora do país, menor valor para esse mês do ano desde 2010.
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A queda nessas despesas é um dos fatores que têm contribuído para reduzir o déficit do Brasil nas suas transações de bens, serviços e rendas com o exterior.
Em maio, essas contas representaram uma saída de recursos de US$ 3,37 bilhões, menos da metade dos US$ 7,9 bilhões verificados no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, o deficit externo soma US$ 35,8 bilhões, 20% menor que no mesmo período de 2014.
Parte da queda também é explicada pela redução nas remessas de lucro para o exterior, que recuaram 43% na mesma comparação. O envio de juros, por outro lado, cresceu 7%.
Ou seja, os estrangeiros que investem no país estão lucrando mais ao aplicar no mercado financeiro (US$ 9,2 bilhões) do que no setor produtivo (US$ 7,0 bilhões).
Tanto que os investimento diretos em empresas no país caíram 35% neste ano, para US$ 25,5 bilhões. As aplicações em títulos aumentaram 26%. Em ações, 34%.
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