Uma proposta defendida por economistas para reduzir os gastos anuais do governo federal de forma mais imediata é unificar os cadastros de beneficiários de políticas sociais, que hoje têm muita sobreposição.
“Verificar quem recebe dois, três, quatro ou até cinco benefícios diferentes e alterar os critérios de elegibilidade, acabando com a possibilidade de acúmulo”, sugere o economista Gabriel Leal de Barros, ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) e atualmente sócio da Ryo Asset.
“Hoje, com as bases descentralizadas, há uma ineficiência gigantesca nesses gastos”, diz. “Infelizmente a esquerda interdita esse debate. Se você propõe uma revisão, te xingam, dizem que você não gosta de pobre”, lamenta.
A integração e o redesenho de programas como Bolsa Família, Farmácia Popular, salário família, salário maternidade, seguro defeso, auxílio reclusão e Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderiam render uma economia fiscal de R$ 185,4 bilhões em dez anos, calcula Barros. Somente entre 2024 e 2026, o ganho seria de R$ 49,1 bilhões.
“Poderíamos ter uma rede de proteção social mais efetiva e, com isso, você economizaria inclusive em recursos administrativos”, concorda Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos.
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