Jornalistas da Gazeta do Povo e técnicos das entidades parceiras iniciam amanhã a segunda fase do projeto Rumos da Safra Uma viagem ao Paraná que produz. No momento em que se intensifica a colheita, a equipe volta a campo para conferir o desempenho da produção de grãos e checar se as tendências antecipadas na primeira fase se concretizaram.
A principal novidade nesta etapa é a incursão pelas regiões produtoras do Mato Grosso, no Centro-Oeste, que se consolida como a maior fronteira agrícola brasileira. No Paraná, a sondagem segue o mesmo caminho percorrido em setembro e outubro do ano passado. Na época, a equipe rodou 5.450 quilômetros, visitou sindicatos e cooperativas e ouviu produtores em pelo menos 50 municípios de todas as regiões do estado.
Com a inclusão do Mato Grosso, a meta agora é percorrer mais de 10 mil quilômetros. O levantamento começa justamente pelo Centro-Oeste. Nesta segunda-feira os técnicos e jornalistas colhem as primeiras informações nos municípios de Rondonópolis e Primavera do Leste, onde existe um pólo de pesquisa da Coodetec, cooperativa de pesquisa agrícola com sede no Paraná.
Além de ser a grande fronteira agrícola em expansão no Brasil, a ida ao Mato Grosso se justifica pelo fato de que a exploração do agronegócio acontece com a participação de produtores paranaenses. Para se ter uma idéia da forte relação entre os dois estados, o município de Sinop, um dos maiores produtores de grãos do norte-matogrossense, foi desbravado, na início da década de 70, pela Colonizadora Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná. O nome Sinop se originou das inicias da razão social da empresa.
Mas o foco principal do Rumos da Safra continua sendo o Paraná. O Mato Grosso pode ser a maior fronteira a ser explorada, mas o Paraná ainda é líder na produção nacional de grãos. Nesta safra, conforme levantamento da Gazeta do Povo/Caminhos do Campo, o estado deve colher 11,09 milhões de toneladas de soja e 6,93 milhões de toneladas de milho primeira safra.
O Rumos da Safra é um levantamento técnico-jornalístico inédito, lançado no ano passado pela Gazeta do Povo, da Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Para fazer o acompanhamento da produção de grãos, o projeto estabeleceu parcerias estratégicas com as entidades que representam o setor produtivo do estado. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e a Organização das Cooperativas (Ocepar) são responsáveis pelo apoio técnico. Analistas e técnicos das duas instituições acompanham o trabalho no campo e auxiliam na tabulação dos dados e informações coletadas.
Neste fim de semana os veículos de comunicação da RPC também iniciaram uma campanha institucional para informar sobre o projeto, seus objetivos e roteiros.