O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou nesta terça-feira (8) estar confiante que a Europa adotará as medidas que forem necessárias para lidar com a crise de dívida soberana, mas enfatizou que é preciso encontrar um equilíbrio entre as reformas fiscais e o apoio financeiro.
A visita de um dia de Geithner à Alemanha, anunciada somente no fim da semana passada, alimentou especulações de que os EUA estariam preocupados com a capacidade da Europa de fechar um robusto pacote de medidas contra a crise nos encontros da cúpula de 11, 24 e 25 de março.
A Alemanha está resistindo a pressões de alguns parceiros da zona do euro, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu para dar novos poderes ao fundo de resgate do bloco e aliviar o peso da crise em países como Grécia e Islândia.
Geithner afirmou estar convencido de que as autoridades europeias entendem "o que será preciso fazer" e afirmou que elas precisam se certificar de que "encontrarão o equilíbrio certo" entre o suporte a programas reformistas e o apoio financeiro necessário para fazê-los funcionar.
Em entrevista coletiva em Berlim após uma reunião com seu colega Wolfgang Schaeuble, Geithner descreveu as reformas implementadas por Grécia e Islândia como "incrivelmente difíceis".Ele disse que na Europa existe um amplo sentimento de que, para as reformas funcionarem, elas precisam ser apoiadas em "assistência financeira cuidadosamente e condicionalmente planejada".
Mais cedo, Geithner se encontrou com membros sêniores do Banco Central Europeu, que sinalizou na semana passada uma possível alta das taxas de juro na zona do euro em abril. Geithner não quis comentar a política monetária europeia.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast