O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse neste domingo (25) que as propostas para regular de forma mais rígida o setor financeiro não são uma ameaça e que, no fim das contas, beneficiarão os bancos por aumentar sua credibilidade.
Entrevistado pelo programa "GPS", da rede de televisão norte-americana CNN, Geithner disse que a crise financeira expôs como os bancos se distanciaram da sua missão original de canalizar as economias dos cidadãos em bons negócios.
Ele observou que quando os problemas se desenvolveram por causa da excessiva exposição dos bancos a risco, os clientes passaram da facilidade de obtenção de empréstimo à "ausência de crédito em um átimo".
"Esse sistema não funcionou tão bem para o nosso país", disse Geithner. "Essa é a razão pela qual eu acho que as reformas não são apenas importantes para o crescimento futuro, mas que elas serão melhores para o interesse público em geral e para ter uma instituição forte e estável."
Ele reconheceu que existe forte oposição de algumas empresas de Wall Street, que temem a restrição de certas operações com a reforma, mas disse que isso não impedirá a realização da reforma.
A Câmara dos Deputados norte-americana aprovou um pacote de propostas de reforma financeira no final do ano passado, e o Senado deve votar na segunda-feira sobre a possibilidade de começar a trabalhar na sua própria série de propostas nesta semana.
Geithner disse que o fato de tantas empresas terem sido resgatadas com dinheiro público demonstra as falhas do sistema regulatório atual, e ressaltou por que ele precisa ser reformulado.
"Nós não apoiaremos uma lei que seja enfraquecida por grandes exceções que deixem esse sistema no lugar, porque isso seria irresponsável para o país".
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