O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse que existe um "apoio muito forte" entre os membros do G-20, incluindo a China, para a proposta da Casa Branca para reequilibrar a economia global, mas reconheceu que será difícil executar a extensa reforma econômica. "Minha percepção vem das minhas conversas com colegas de que existe um apoio muito forte para isto", disse Geithner aos repórteres no primeiro dia do encontro do G-20 em Pittsburgh (EUA). "Esta é uma transição saudável necessária.
Na entrevista, Geithner apresentou as metas da Casa Branca para o encontro: ganhar impulso para novas exigências mais duras de capital dos bancos, mudanças na forma como o FMI e o Banco Mundial são administrados, uma gradual remoção dos subsídios para combustíveis fósseis e uma nova estrutura de crescimento para suavizar os desequilíbrios globais.
Geithner disse que os novos padrões de capital serão "mensuráveis e obrigatórios", mas alertou que executar a agenda de crescimento é "algo difícil de fazer" porque os países estarão relutantes em ceder decisões sobre política monetária.
Sob a proposta do presidente Barack Obama, "Estrutura para Crescimento Sustentável e Equilibrado", os EUA serão forçados a economizar mais e confrontar seu imenso déficit orçamentário, a China terá de impulsionar seu consumo doméstico e reduzir seu superávit comercial e a Europa terá de adotar medidas para aumentar o investimento das empresas. O secretário do Tesouro dos EUA disse que o FMI vai avaliar como os países estão implementando seus compromissos para reequilibrar e incitá-los a agir de forma antecipada contra a construção de desequilíbrios.
Mais cedo, Geithner se reuniu com o ministro de Finanças do Japão, Hirohisa Fujii, e o vice-primeiro-ministro da China, Wang Qishan. Geithner pareceu otimista de que a China vai apoiar o plano para reequilíbrio global.
Geithner disse que espera que os líderes do G-20 concordem com um prazo mais concreto para implementar novos regras financeiras. Ele também negou informes da mídia de uma divisão entre os EUA e a Europa sobre a melhor forma de regulamentar os pacotes de gratificações dos executivos de bancos. "Na verdade, estamos muito próximos (os EUA e a Europa)", disse o secretário. "Eu acredito que estamos no mesmo lugar.
Além disso, Geithner repetiu que a administração Obama apoia uma política de dólar forte. "Um dólar forte é muito importante para os EUA", disse. "Temos uma responsabilidade especial nos EUA para assegurar que estamos fazendo as coisas neste país para preservar a confiança no sistema financeiro americano. Confiança que é muito importante para sustentar o papel do dólar como principal moeda de reserva no sistema financeiro internacional", afirmou. "Esperamos que o dólar mantenha essa posição por um período bastante longo." As informações são da Dow Jones.