O diretor brasileiro da Itaipu Binacional, general da reserva João Francisco Ferreira, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (25), alegando razões pessoais. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da usina hidrelétrica. Ferreira ocupava o posto desde 7 de abril de 2021, quando sucedeu o general Joaquim Silva e Luna, então nomeado para a presidência da Petrobras.
Durante o período em que esteve no cargo, a Itaipu alcançou a marca de 2,8 bilhões de MWh gerados desde o início da operação da usina, consolidando-se como a hidrelétrica que mais produziu energia no mundo, e conquistou as melhores marcas históricas de produtividade – a relação entre a quantidade de água que passa pelas unidades geradoras e a energia efetivamente gerada.
Na sua gestão, a Itaipu também reforçou o apoio às ações de combate à Covid-19 na região de Foz do Iguaçu, às ações de gestão ambiental e de desenvolvimento territorial, de fomento ao turismo na região Oeste do Paraná e às obras viabilizadas financeiramente pela Itaipu, como a Ponte da Integração Brasil – Paraguai. Também avançou o processo de licitação referente ao Plano de Atualização Tecnológica da usina, com a iminente assinatura do contrato com o consórcio vencedor.
Em nota divulgada pela assessoria de comunicação, Ferreira "agradeceu o apoio e o comprometimento dos parceiros da usina, em especial à Família Itaipu", como ele se refere ao grupo de empregados.
Atual diretor-financeiro deve assumir direção-geral de Itaipu
Horas depois do pedido de exoneração de Ferreira, o Ministério de Minas e Energia confirmou a indicação do vice-almirante da reserva Anatalício Risden Júnior, de 62 anos, para o cargo de diretor-geral brasileiro de Itaipu. Ele atualmente ocupa o cargo de diretor financeiro executivo da binacional.
Natural de Curitiba (PR), Risden Júnior tem 40 anos de serviços prestados à Marinha do Brasil. É bacharel em Ciências Navais, com especialização em Intendência para Oficiais; pós-graduado em Administração Financeira pela Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É ainda mestre em Ciências Navais e doutor em Altos Estudos de Política e Estratégia – Marítimas, tendo sido consultor da FGV de 2015 a 2019.
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