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Um aspecto do Google Earth que vem sendo cada vez mais explorado é o didático. Professores de Geografia estão vendo no software um grande aliado, que torna conceitos e definições da matéria menos abstratas para os alunos. Aspectos físicos do planeta, tipos de ocupação humana e até coordenadas geográficas podem ser trabalhados de maneira mais eficiente no programa do que com os tradicionais mapas impressos (e estáticos).

A professora Joyce Sera Marques, que leciona para turmas do ensino médio nos colégios Expoente e Militar de Curitiba, conta que já usou as imagens das pirâmides do Egito e suas respectivas sombras em uma aula que tratava dos pontos cardeais. "Determinamos o período matutino e, com base na posição do Sol, os alunos descobriam o norte e o sul", explica. Joyce ressalta que o conteúdo, dessa maneira, fica mais palpável. "Fico um pouco preocupada, no entanto, com os estudantes que não têm acesso a um computador ou à internet em casa", comenta, ao falar do interesse das turmas em continuar explorando o globo em suas próprias residências.

Leandro Guimarães, professor do Colégio Medianeira, também já lançou mão do Google Earth para transmitir conhecimento. "O programa é magnífico para trabalhar com noções de escala. Além disso, fotos urbanas e rurais tornam mais visíveis as diferenças e as formas de ocupação humana", frisa. Guimarães, que dá aulas para adolescentes de, em média, 15 anos, conta que seus alunos já lhe entregaram CD-ROMs com fotos do planeta. "Eles dão dicas de lugares para serem vistos", comenta. Nada melhor do que aprender de acordo com os próprios interesses. O Earth proporciona isso ao simplesmente aliar tecnologia e geografia.

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