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O dirigente socialista grego, George Papandreou, renunciou neste sábado (10) a suas funções a frente do Pasok, para permitir que este partido possa escolher a um sucessor antes das próximas eleições antecipadas.

"Chegou o momento de levar minha luta a outros cenários", disse Papandreou, que já havia apresentado sua demissão como Primeiro Ministro em novembro passado, para dar lugar à formação de um governo de coalizão na luta contra a crise da dívida.

"Tomei algumas decisões difíceis. Isso me custou caro, mas politicamente valeu a pena", disse Papandreou, que foi intensamente aplaudido durante uma reunião de seu partido.

O ministro de Finanças, Evangelos Venizelos, deve suceder a Papandreou até que o partido socialista escolha um novo líder, no dia 18 de março.

De acordo com as sondagens recentes, o Pasok deverá sofrer uma clara derrota nas próximas eleições e poderia alcançar seu menor nível em 37 anos de história.

"A batalha começa agora", disse Venizelos após o anúncio de Papandreou. "Nossa missão é muito difícil porque trata-se de reconstruir a Grécia", disse o ministro de 54 anos, que aspirou sem êxito a dirigir o partido desde 2007. "Queremos a vitória, queremos mudar a tendência das urnas", completou.

O discurso de Venizelos na reunião do Pasok foi interrompido por um manifestante, que jogou um iogurte no ministro.

Ataques similares contra políticos e altos funcionários se multiplicaram nos últimos meses, demonstrando o descontentamento da população com relação aos seus dirigentes.

Os socialistas chegaram ao poder en 2009 e enfrentaram um ano depois o risco concreto de quebra do Estado grego. Para obter a ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o governo de Papandreou foi obrigado a adotar severas e impopulares medidas de austeridade.

Entre essas medidas estão a redução de 40% das aposentadorias e salários.

O atual governo de coalizão, formado para alcançar uma operação de perdão da dívida grega e garantir ao país um segundo plano de resgate da Eurozona, terminará seu mandato no dia 12 de abril, disse na sexta-feira o porta-voz governamental, Pentelis Kapsis.

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