O megainvestidor americano George Soros comprou no mercado uma participação de US$ 811 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) na Petrobras no segundo trimestre, fazendo da estatal o maior investimento do fundo administrado por Soros. Segundo a agência Bloomberg, a aquisição representa 22% do total de 3,68 bilhões de ações e de Recibos de Depósitos de ações (ADRs) detidos pelo Soros Fund Management.

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De acordo com a Bloomberg, o fundo de Soros não havia anunciado qualquer compra de ações da Petrobras até o fim do primeiro trimestre.

Um analista citado pela Bloomberg, ao comentar a compra, afirmou que "a Petrobras tem algo que outras companhias não têm: petróleo", referindo-se ao anúncio da descoberta do megacampo de Tupi, o maior já encontrado nas Américas desde 1976.

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Segundo a agência, as ações da estatal brasileira giravam em torno de US$ 64,83 quando o fundo de Soros comprou os papéis. De lá para cá, os papéis perderam mais de 20%. Mesmo assim, a empresa é a terceira mais lucrativa das Américas, segundo estudo da consultoria Economática. No entanto, a consultoria disse ainda que a Petrobras já perdeu mais de US$ 97,5 bilhões em valor de mercado desde maio .

Na mesma apresentação à Comissão de Valores dos EUA, feita no dia 30 de junho, o investidor George Soros anunciou ainda ter elevado sua participação no banco de investimentos Lehman Brothers de 10 mil para 9,5 milhões de ações . A operação foi realizada antes de as ações do banco de investimentos terem sofrido fortes quedas em meados de julho.

De acordo com a quantidade de ações do Lehman divulgadas em sua mais recente apresentação trimestral, 9,5 milhões de papéis equivalem a uma participação de 1,4%.

O húngaro naturalizado americano George Soros, de 77 anos, é conhecido como "o homem que quebrou a libra" por apostar contra a moeda britânica, em 1992. Na época, o Fundo Quantum de Soros fez quase US$1 bilhão, mas sofreu fortes perdas em 2000 devido a uma aposta errada em ações de alta tecnologia. Desde então, Soros tem usado sua fortuna para ajudar a resolver o que ele vê como fracasso de um sistema financeiro global que penaliza países pobres.

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