Risco
Principal subsistema do país pode ter déficit de 6,7 mil MW em 2018
Da Redação
O déficit de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, pode chegar a 6,7 mil megawatts (MW) em 2018 o número se refere à diferença entre a capacidade de geração na região e o nível de consumo esperado para os próximos anos. A conclusão é de um estudo da Engenho Consultoria, feito a pedido da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch). Embora o Sistema Interligado Nacional (SIN) permita o intercâmbio de energia entre os diferentes subsistemas, esse déficit aumenta os riscos do sistema. "A energia que vai suprir a região virá de muito longe, das usinas estruturantes da Amazônia ou das eólicas do Nordeste ou do extremo Sul. Isso poderá fazer com que a taxa de falha do sistema aumente assustadoramente", disse Ivo Pugnaloni, presidente da Abrapch, ao Jornal da Energia. Segundo ele, há 9 mil MW em projetos de PCHs que poderiam ser instalados na região e acabar com o déficit.
A perspectiva de chuvas mais fracas nesta semana levou o Operador Nacional de Energia Elétrica (ONS) a projetar o aumento no acionamento das termelétricas. Para o período entre 11 e 17 de janeiro, a geração térmica deverá girar em torno de 11,8 mil MW médios. O volume é 12% superior aos 10,5 mil MW médios apurados para o período de sete dias encerrado na sexta-feira.
Segundo o ONS, a passagem de uma frente fria pela Região Sul deve ocasionar chuva fraca a moderada nas bacias dos rios Uruguai, Jacuí, Iguaçu, Paranapanema e Tietê. Nas demais bacias hidrográficas do Brasil, a previsão meteorológica é de chuvas fracas, o que explica o aumento da geração termelétrica para minimizar a redução no nível dos reservatórios.
Apesar da diminuição no volume das chuvas, a situação dos reservatórios neste início de 2014 é melhor que em 2013. Na quinta-feira, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste o principal do país operavam com nível de armazenamento de 42,4%. Na mesma data do ano passado, o volume armazenado representava 28,3% da capacidade total. Apesar de mais confortável, a situação requer cuidados por parte do ONS porque não se sabe qual será o comportamento das chuvas até o fim do período úmido, em abril.
Preço maior
O cenário de chuvas menos favorável para a próxima semana já elevou o chamado preço de liquidação das diferenças (PLD), referência dos agentes de mercado na formação de preços da energia no curto prazo.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast