Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, do grupo Gerdau, defendeu a reforma política como o caminho para implantação das demais reformas necessárias ao país. Em seu pronunciamento, o empresário criticou a baixa taxa de crescimento do país nos últimos 20 anos, atribuiu esse baixo crescimento à falta de poupança interna, principalmente do setor público, e cobrou responsabilidade social da elite brasileira no crescimento econômico.
- Aceitar a taxa de crescimento dos últimos 20 anos é irresponsabilidade da elite brasileira. Não quero aqui discutir quem é culpado, mas esse nível de crescimento nos leva ao crime, à informalidade, à não-solução dos problemas da Previdência, à não-solução dos problemas das grandes cidades - disse o empresário.
Gerdau disse que, nos últimos anos, o Brasil registrou "absoluta insuficiência de crescimento", uma média anual de 2,5%, segundo ele. Para Gerdau, com índices de poupança interna abaixo de 20% o país não consegue crescer mais do que 2,5% ao ano nem criar condições para gerar os empregos necessários. O empresário disse que "a poupança do setor público é zero" e que o Brasil hoje poupa vem do exterior e do setor privado. Para Gerdau, é preciso buscar uma poupança interna de 30% do PIB para que o país consiga atingir taxas de crescimento anuais superiores a 5%.
O empresário afirmou que o país hoje tem condições macroeconômicas favoráveis ao crescimento, destacando os baixos índices de inflação e a estabilidade institucional.
Na reforma política, Gerdau defendeu a fidelidade partidária e o voto distrital misto.
- O eleitor brasileiro não sabe em quem votou. Precisamos reforçar a relação do eleitor com seu representante - afirmou.