[Os hotéis independentes são opções atraentes], mas é preciso sair da obsolescência, adotar ferramentas de gestão e reservas mais modernas, que atendam às necessidades do mercado e melhorem a distribuição.
A hotelaria independente responde por 70% do total de apartamentos disponíveis no parque hoteleiro nacional. A maior parte das empresas do setor é de administração familiar e enfrenta a concorrência de grandes redes internacionais que, em 2013, respondiam por 9% do total de hotéis no país.
Para os empresários, porém, a boa participação no mercado não tem garantido o desempenho desejado. Os custos e a concorrência são as principais queixas . “As redes trabalham em cadeia, mantêm centrais de venda e têm custos menores”, aponta Henrique Lenz César Filho, da ABIH-PR.
Para consultores especializados, a tecnologia permite que as empresas independentes equiparem o desempenho às grandes redes. A exposição internacional proporcionada pela internet deve ser uma das ferramentas para definir a estratégia comercial da empresa. “As agências on-line podem ajudar a recuperar o mercado, melhorando o canal de vendas”, lembra a consultora Carolina Sass de Haro, da Mapie, especializada em hotelaria.
Ajustes na gestão também são necessários para manter a operação eficiente, que acaba refletido na imagem do hotel, validada e divulgada pelo próprio cliente. “Hoje esse controle é do hóspede e o empresário não pode desprezar esse efeito”, diz. Outra barreira a ser superada pela categoria é a resistência ao compartilhamento de informação. Na avaliação de Carolina, as restrições dos independentes em trabalhar em conjunto dificultam a adoção de modelos produtivos de operação, como as centrais para compras em escala para redução de custos.
Para o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), Edmar Bull, o independente já tem a preferência do executivo na hora de escolher o hotel pelo custo médio atraente e opções de hospedagem fora dos grandes centros, onde as cadeias hoteleiras são menos presentes. “Mas é preciso sair da obsolescência, adotar ferramentas de gestão e reservas mais modernas, que atendam às necessidades do mercado e melhorem a distribuição”.