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Gleisi Hoffmann
Presidente do PT criticou ata do Copom que justifica a manutenção da taxa básica de juros a 10,5%.| Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, atacou o Banco Central nesta terça (6) por causa da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que justificou a manutenção da taxa básica de juros em 10,5% na semana passada. O colegiado afirma no documento que não descarta subir a Selic se a inflação piorar.

A fala fez Gleisi disparar que a ata é um “tapa na cara do país” por apontar que a autoridade monetária pode também segurar por “tempo suficiente” os juros em níveis elevados.

“Todos os indicadores do país melhoram, a inflação segue abaixo do que o BC previa, o governo faz um esforço notável para cumprir as metas e o que faz o Copom? Aferra-se à maior taxa de juros do planeta e ainda ameaça aumentar mais quando lhe der na telha, mesmo com a possibilidade dos EUA baixarem os juros. A arrogância extrema para sabotar o país”, disparou a presidente nacional do PT.

O Banco Central justificou a manutenção da taxa básica de juros por unanimidade até que a inflação chegue o mais próximo possível do centro da meta, de 3%. A projeção do IPCA, o índice oficial da inflação, no entanto, aponta para 4,2% em 2024 e 3,6% em 2025.

No último Relatório Focus, publicado na segunda (5), os agentes do mercado financeiro preveem que a taxa de juros deste ano vai terminar como está, e terá uma leve redução no ano que vem para 9,75%.

Desde o começo deste governo, Gleisi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vêm criticando o Banco Central – personificando em Roberto Campos Neto – por manter a Selic em um nível mais alto, mesmo em decisões tomadas unanimemente.

Ainda neste segundo semestre, caberá a Lula indicar o próximo presidente da autarquia, que se prevê ser o economista Gabriel Galípolo, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e sugerido pelo ministro Fernando Haddad para ocupar a diretoria de Política Monetária do BC.

Galípolo, no entanto, já deu sinais de que tem compromisso com a vigilância sobre a inflação e afirmou recentemente que o Banco Central pode ajustar a taxa básica de juros se necessário – uma indicação de que não deve se dobrar às críticas de Lula para baixar a Selic se for indicado e aprovado para a presidência da autoridade monetária.

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