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Gleisi Hoffmann
Presidente do PT chamou mercado de “arrogante” e disse que moedas de todo o mundo desvalorizaram frente ao Real.| Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, chamou o mercado financeiro de “arrogante” por ter reduzido a cotação do dólar na quarta (3) após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer que o governo está garantido com o cumprimento do arcabouço fiscal neste ano e no próximo.

A fala de Gleisi ocorreu pouco depois de Lula e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, dizerem que estão comprometidos com a responsabilidade fiscal. À noite, Haddad disse que o presidente determinou o corte de R$ 25,9 bilhões das despesas obrigatórias em 2025.

“Hoje, pra mentir que tinham razão, dizem que o mercado acalmou porque Lula ‘mudou de tom’. Mas o que ele disse não é novidade nenhuma, muito menos ‘mudança de tom’. Todo mundo sabe, até os arrogantes do mercado, que Lula sempre teve compromisso com a responsabilidade fiscal”, atacou Gleisi em uma rede social (veja na íntegra).

A “mudança de tom” a que ela se refere seria a interrupção dos sucessivos ataques de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem individualizou como o responsável por manter a taxa básica de juros do país em 10,5%.

Gleisi ainda afirmou que a desvalorização do Real frente ao dólar não é uma exclusividade do Brasil, e que um relatório da agência Austin Ratings “mostra que nada menos que 84 países tiveram suas moedas desvalorizadas nos últimos dias por conta das expectativas em relação às taxas de juros nos EUA”.

“Vejam bem: taxa de juros nos EUA! E aí querem que a gente acredite que a especulação com o real brasileiro é culpa do Lula. [...] Tenha a santa paciência”, pontuou.

Desde que Lula e Haddad sinalizaram o comprometimento em cumprir a meta fiscal de zerar o rombo das contas públicas, a cotação do dólar começou a reduzir após quase bater os R$ 5,70 na terça (2). Na quarta (3), fechou o dia a R$ 5,56 e opera na manhã desta quinta (4) a R$ 5,47.

Mais cedo, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que o anúncio do governo de cortar gastos passa uma “mensagem assertiva” de cumprimento do arcabouço fiscal. “É importante dar mais esse voto de confiança ao ministro Fernando Haddad, que tem sido bastante vocal e fiador do arcabouço fiscal”, completou o presidente da Febraban à GloboNews.

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