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A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa do presidente Lula (PT) e disse que o petista “age muito bem” em demorar para anunciar o pacote de corte de gastos do governo.
De acordo com Gleisi, o presidente Lula tem resistido a “pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia”.
“Editoriais uníssonos do Globo, Folha e Estadão refletem a frustração e até o espanto dos donos da mídia com a não divulgação, até agora, dos chamados ajustes fiscais que eles tanto exigem. Eles esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que podem até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país”, disse Gleisi em publicação no X, neste domingo (10).
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“Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos para continuar crescendo, e ameaçam com mais juros e mais especulação com o câmbio, como se isso fosse trazer o tal equilíbrio fiscal e reduzir a inflação. Lula age muito bem, com cautela e muita responsabilidade, resistindo às pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia”, completou a deputada.
Pacote de corte de gastos
O presidente Lula tem realizado diversas reuniões com seus ministros para decidir sobre o pacote de corte de gastos.
Com expectativa do anúncio do pacote para esta semana, alguns dos ministros têm apresentado resistência em abrir mão de parte do orçamento de suas pastas, enquanto o mercado tem demonstrado nervosismo com a demora para o anúncio e as declarações públicas do presidente sobre o assunto.
Lula tem cobrado corte nos outros Poderes da República e criticado o mercado pela cobrança.
Após três rodadas de negociação, a reunião da última sexta-feira (8) entre o presidente Lula (PT), a equipe econômica e ministros das áreas afetadas pelo pacote de corte de gastos terminou sem acordo.
A equipe econômica acena com um corte de R$ 50 bilhões nas despesas obrigatórias do governo, para conseguir manter a meta fiscal - zerar o déficit das contas públicas em 2025.
O resultado traduz mais um desgaste da equipe econômica e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vem se empenhando para manter a credibilidade do arcabouço fiscal junto ao mercado financeiro.
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