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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a decisão do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto porcentual a taxa básica de juros, nesta quarta (13), um pleito do governo desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora o Comitê de Política Monetária (Copom) esteja diminuindo a Selic há quatro sessões, Gleisi se mostrou insatisfeita com o ritmo.
Segundo Gleisi, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi o que mais “prejudicou” o Brasil neste ano com a redução a “conta-gotas” que mantém o país entre “as maiores taxas de juros do planeta”. A Selic está agora em 11,75%.
“Banco Central de Roberto Campos Neto termina o ano como começou: impondo ao país as maiores taxas de juros do planeta, atrasando a retomada do crédito, do investimento e do crescimento do país”, disparou em uma publicação nas redes sociais.
De acordo com ela, o Copom demorou para começar a reduzir a taxa de juros em meio ao aumento da renda e do emprego pelo governo Lula, “a inflação e o preço dos alimentos caíram e o PIB cresceu 3”. “Tudo ao contrário do que o BC dizia para justificar suas decisões contra o país”, completou.
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O disparo de Gleisi contra Campos Neto evidencia a intenção do governo de abrir as torneiras dos cofres públicos principalmente em 2024, ano de eleição municipal. No último final de semana, a presidente nacional do PT confirmou que “o instrumento que temos hoje para usar é a política fiscal”, e que “vai precisar de, pelo menos, 20 anos para fazer tendência histórica”.
O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Pedro Paulo (PSD-RJ), admitiu que há uma clara divisão interna no governo entre os que são adeptos da gastança – e até mesmo do endividamento – e os que buscam zerar o rombo das contas públicas.
Ele afirmou que a contenção de gastos “parece distante do Planalto”.