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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.

A presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que o seu partido sempre foi contra a taxação das compras internacionais até US$ 50 e que o tema entrou na pauta da Câmara por uma demanda do presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL), que teria sido pressionado por empresários brasileiros.

Gleisi também disse que o partido não se manifestou contra o tema durante a votação na Câmara porque não havia condições políticas de mudar o resultado. Segundo a deputada, o governo também não se manifestou contrário à proposta anteriormente pelo mesmo motivo.

“O PT é contra essa taxação. Nós deixamos claro essa posição. O que aconteceu lá é que foi feito um acordo pelo presidente da Câmara (deputado Arthur Lira) que queria muito a taxação, pressionado pelo setor de varejo, pelo comércio, e fez um acordo para fazer uma votação simbólica com todos os partidos, inclusive, o PL também. Então, todo mundo… A gente (do PT) acabou não se manifestando. Não tinha correlação de forças para fazer uma manifestação e mudar essa posição. O governo não tinha essa correlação de forças e nem nós do PT”, afirmou Gleisi em entrevista concedida à CNN Brasil, nesta quarta-feira (5).

Aprovado na Câmara na semana passada, o projeto que taxa as compras internacionais enfrenta impasse no Senado. O relator da proposta, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), suprimiu a taxação do texto do projeto, que originalmente trata da criação do Programa de Mobilidade Verde (Mover) e teve a taxação incluída no texto pelo relator da matéria na Câmara.

Nesta quarta-feira (5), Cunha disse que “o Senado não fez parte de qualquer tipo de acordo com a Câmara e o governo” e afirmou que a discussão sobre a taxação não deve ser feita no mesmo projeto que trata sobre o Mover.

Na terça-feira (4), Lira chegou a ameaçar não votar o Mover se a “taxa das blusinhas” fosse excluída do projeto. Como o texto passa por alterações no Senado depois de ter sido aprovado na Câmara, o projeto precisará passar por nova votação na Casa Baixa. 

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