11 áreas estão previstas para serem arrendadas pela iniciativa privada, em um total de R$ 2,6 bilhões em investimentos, pelo plano de novas concessões do governo federal para Paranaguá. A proposta enviada pela Appa a Brasília, ainda no fim de 2012, continha o dobro de áreas, 20, e dava mais chances às cooperativas e empresas médias do estado de investir no porto.
Está marcada para esta quinta-feira a audiência entre a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e os representantes do governo do Paraná e do Fórum Permanente de Desenvolvimento para discutir o novo plano de arrendamento do porto de Paranaguá. O setor produtivo do estado quer mostrar que a primeira proposta desenhada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), ainda em 2012 e a partir do Plano de Zoneamento e Desenvolvimento do porto (PDZPO), atende melhor ao perfil econômico do Paraná que o plano apresentado pelo governo federal no fim de setembro.
Diferenças
Enquanto a proposta da Appa listou 20 áreas para concessão à iniciativa privada, com atenção especial à movimentação do agronegócio paranaense e suas cooperativas, o plano da Secretaria dos Portos (SEP), feito a partir de um estudo da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), aglutinou áreas e reduziu o número de arrendamentos potenciais praticamente pela metade. Essa diferença, em tese, torna a proposta do governo federal muito mais cara e mais condizente com investimentos de grandes multinacionais do que de empresas e cooperativas medias, típicas do perfil econômico do estado.
O grupo paranaense quer aproveitar o período aberto de consulta pública sobre o projeto, que segue até o dia 25 deste mês, para apresentar uma proposta consistente e que possa ser incluída, efetivamente, no plano final do governo federal.
Caso de Santos
A expectativa é que a ministra esteja aberta a propostas mais elaboradas nas discussões das concessões portuárias por causa da experiência recente do governo federal com o porto de Santos. A consulta pública sobre os novos arrendamentos do terminal paulista, terminada ainda no início de setembro, rendeu 3,1 mil contribuições, número difícil de o governo federal equacionar em uma única proposta final para Santos.
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