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Taxa de juros

Gleisi diz que última reunião do Copom é alvo de “terrorismo” para aumentar juros

Gleisi Hoffmann
Presidente do PT diz que mercado pressiona o BC para um aumento "indecente" da taxa de juros. (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é alvo de “terrorismo” para aumentar a taxa básica de juros na última reunião do ano, que começa nesta terça (10) e terá o resultado divulgado no final da tarde de quarta (11).

O mercado financeiro já dá como certo que os diretores da autarquia vão aumentar a Selic em 0,75%, acima do que se esperava anteriormente entre 0,25% e 0,5%. Essa elevação inclusive coincide com o que foi apurado pelo Relatório Focus desta semana, de que a taxa de juros terminará o ano em 12%.

“Na véspera do último Copom presidido por Campos Neto, aumenta o terrorismo para elevar ainda mais a indecente taxa de juros. O PIB cresce acima das previsões, emprego e renda também, arrecadação em alta, inflação dentro dos limites de uma meta exageradamente rigorosa, boas reservas, mas na mídia só se fala em ‘risco fiscal’”, escreveu a deputada em uma postagem nas redes sociais.

Gleisi e o próprio governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são contra o atual patamar dos juros no país, afirmando que o nível alto por tempo prolongado afeta diretamente o crescimento da economia. Apontam, ainda, que os atuais indicadores justificariam uma redução, em vez de aumento.

“Todos sabem que juros maiores, neste momento, só vão pressionar a dívida pública e comprometer a atividade econômica, mas os especuladores e seus porta-vozes não estão nem aí para o país. Desenham o cenário que favorece o pior, para encerrar o ciclo do terrorismo de Campos Neto, a serviço do mercado”, completou Gleisi Hoffmann.

Os indicadores econômicos têm mostrado uma sucessiva deterioração da economia mesmo com os bons números em alguns deles, como empregos, PIB e evolução da massa salarial. No entanto, a preocupação do mercado financeiro é com as contas futuras do governo, que podem colapsar se os gastos não forem controlados.

E isso está expresso a cada dia nas contas dos analistas, que vêm olhando com atenção a dificuldade do governo em fazer avançar no Congresso o pacote de corte de gastos, com uma grande desconfiança de que conseguirá alcançar a meta de economizar cerca de R$ 70 bilhões em dois anos.

Isso porque a proposta ainda pode ser desidratada pelos parlamentares e não surtir os efeitos esperados. Há, ainda, a preocupação com o anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês, com uma compensação ainda incerta na outra ponta, com uma taxação dos ganhos acima de R$ 50 mil mensais.

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