A General Motors (GM) divulgou nesta sexta-feira (7) um prejuízo operacional de US$ 4,2 bilhões, pior que o esperado, e informou que gastou US$ 6,9 bilhões de dólares de seu caixa no terceiro trimestre pressionada por uma crise do mercado automotivo dos Estados Unidos que forçou a empresa a buscar ajuda de recursos federais.
A GM informou ainda que vai cortar empregos administrativos e reduzir investimentos em US$ 2,5 bilhões no próximo ano como parte de um plano de reestruturação revisado que agora tem como meta liberar 20 bilhões de dólares em liquidez para a empresa em 2009.
A montadora publicou um prejuízo líquido de US$ 2,5 bilhões para o terceiro trimestre, ou 4,45 dólares por ação, ante um prejuízo de operações contínuas de 42,5 bilhões de dólares, ou 75,12 dólares por ação, um ano antes.
A receita caiu de US$ 43,7 bilhões para US$ 37,9 bilhões no período.
Os anúncios fizeram as ações da companhia despencarem mais de 15% na tarde desta sexta-feira. Os resultados negativos vieram ainda em um momento em que a GM une-se à Ford, Chrysler e ao sindicato de metalúrgicos United Auto Workers para pressionar o governo norte-americano por um pacote de resgate, que afirmam ser necessário para evitar que a indústria entre em colapso.
As vendas da indústria automotiva dos EUA caíram recentemente ao pior patamar em 25 anos.
O presidente-executivo da GM, Rick Wagoner, afirmou que apesar de o governo dos EUA ter tomado passos importantes para estabilizar a economia, mais precisa ser feito para ajudar o setor.
"As ações do governo para ajudar a estabilizar os mercados de crédito são um primeiro passo essencial para a recuperação da economia e da indústria automotiva, mas novas e mais fortes ações são necessárias", afirmou o executivo em comunicado.
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