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Reestruturação

GM deve demitir mais de 4 mil executivos no mundo todo

Fábrica da GM em Gravataí | Joao Alves/GM
Fábrica da GM em Gravataí (Foto: Joao Alves/GM)

A General Motors deve iniciar uma nova rodada de demissões nesta segunda-feira (4). A previsão é cortar mais de 4 mil empregos de executivos, segundo um relatório da empresa a que o jornal New York Post teve acesso. Ainda não está claro em que momento as demissões vão ocorrer. 

No Twitter , um analista que trabalha com alguns funcionários da GM apelidou esta segunda como “Black Monday”.  

As demissões fazem parte de um plano de reestruturação anunciado pela primeira vez em novembro. Na época, a GM disse que queria cortar cerca de 8 mil trabalhadores assalariados de sua folha de pagamento. Desde então, a empresa cortou cerca de 1.500 empregos e mais de 2.250 trabalhadores participaram de um plano de demissão voluntária.

Com a reestruturação, espera-se que a GM economize cerca de US$ 6 bilhões até 2020. 

“Nós indicamos que as demissões aconteceriam no primeiro trimestre. Não estamos confirmando o momento. Nossos funcionários são nossa prioridade e nos comunicaremos com eles primeiro”, disse o porta-voz da GM, Pat Morrissey.

Fechamento de fábricas

A GM também disse que planeja fechar cinco fábricas de automóveis, quatro nos EUA e uma no Canadá. 

Os trabalhadores disseram à imprensa que estavam receosos com os cortes de empregos. “Todo mundo está esperando a sua vez. Não tem como saber o que realmente vai acontecer para se planejar com antecedência”, disse um funcionário.

Os relatórios sobre as demissões foram divulgados poucos dias depois que a Consumers Energy, uma fornecedora de serviços públicos em Michigan, pediu à GM para suspender as operações em algumas usinas devido a problemas de fornecimento de eletricidade. 

A GM disse na última quinta-feira (31) que as vendas de novos veículos nos EUA caíram 2,7% no quarto trimestre. A montadora deve divulgar seu relatório financeiro do quarto trimestre nesta quarta-feira (6).

Brasil

Os reflexos da reestruturação respingam também no Brasil, onde a fabricante é líder de vendas. Em janeiro, em mensagem aos funcionários, o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, deixou claro que a permanência da empresa no Brasil dependeria de uma “volta da lucratividade”.

Desde então, a GM está em negociação para buscar incentivos do governo na ordem de R$ 10 bilhões. Enquanto “chora” incentivos e descontos para o poder público e fornecedores, a GM tem pressionado funcionários a aceitarem mais de 20 medidas como redução do piso, terceirização e licença não remunerada.

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