Os planos de reestruturação que serão apresentados hoje pelas montadoras norte-americanas General Motors (GM) e Chrysler ao governo dos Estados Unidos trarão propostas de mais cortes de custos - com fechamento de fábricas, provavelmente, e mais demissões. De acordo com o jornal britânico Financial Times (FT) as duas empresas também vão deixar claro que precisam de mais dinheiro do governo para sobreviver.
A apresentação de hoje, na verdade, é uma prévia do plano final, que terá de ser apresentado pelas empresas até o dia 31 de março. Esses planos foram uma exigência feita pelo governo em dezembro, quando foi aprovada a ajuda de US$ 17,4 bilhões para as montadoras. GM e Chrysler terão de demonstrar ao governo que estão em condições de sobreviver. Caso contrário, serão obrigadas a devolver os recursos liberados pelo governo - as duas já pegaram US$ 13,4 bilhões, e os US$ 4 bilhões restantes devem sair ainda este mês.
Outra exigência feita em dezembro foi a nomeação de uma pessoa do governo para supervisionar as operações das empresas, cargo que ficou conhecido como "czar" das montadoras. O presidente Barack Obama, no entanto, decidiu abandonar a ideia do "czar" e criar uma força-tarefa para reestruturar o setor.
Segundo uma autoridade do governo, Obama está apontando o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, como seu "designado" para supervisionar os empréstimos para o resgate das montadoras e como o codiretor de um novo quadro de alto nível. Essa força-tarefa contaria também com o diretor do Conselho Econômico Nacional, Lawrence Summers.
De acordo com o Financial Times, a GM vai afirmar, em sua apresentação, que, nos próximos 18 meses, pretende acelerar o fechamento de fábricas, cortar o número de revendedores e reestruturar ou vender algumas de suas oito marcas - entre elas a Hummer, a Saab e a Saturn.
A Chrysler, por sua vez, deve elevar a promessa de cortes de custos para US$ 3,8 bilhões - em dezembro, a empresa havia dito que cortaria US$ 3,1 bilhões. A empresa também pretende reduzir a capacidade de produção anual em 1,3 milhão de veículos, ante os 1,2 milhão anteriormente informados.
BMW
Na Europa, a alemã BMW anunciou que vai demitir 850 funcionários em sua fábrica em Cowley, na Inglaterra, a partir de 2 de março. A medida afetará os funcionários que trabalham nos fins de semana, e a fábrica funcionará cinco dias por semana com duas equipes, ao invés de três. Um terço dos 4,5 mil funcionários de Cowley são trabalhadores temporários e temem não receber indenizações pela demissão.
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