Representantes dos metalúrgicos e da direção da General Motors se reuniram por quase 9 horas para tratar sobre a ameaça de fechamento de uma linha de produção da montadora em São José dos Campos (SP), mas ainda não chegaram a uma conclusão.
Mais cedo, alguns trabalhadores fizeram uma pequena manifestação fora da reunião, usando bandeiras. O encontro começou às 9h deste sábado e, até o final desta tarde, não havia sido encerrado.
"A nossa esperança agora é a possibilidade de uma intervenção do governo federal" disse o vice presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros da Silva. "Não pode entregar tantos incentivos e depois deixar que eles demitam milhares de trabalhadores."
A GM, segundo o sindicato, pode demitir 1.500 trabalhadores de uma de suas linhas de produção no complexo da montadora na cidade, no interior de São Paulo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a afirmar na terça-feira que a GM está cumprindo o acordo de não demitir e que possibilitou a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo e estimular a economia.
Na sexta-feira, diante das reações negativas dos trabalhadores às suas declarações, Mantega defendeu --por meio de sua assessoria de imprensa-- que não iria tolerar demissões nos setores beneficiados pela redução do IPI, mas que mantinha sua avaliação sobre a GM.
Entre outros segmentos da economia beneficiados por redução do imposto estão as indústrias de produtos de linha branca e de móveis .
A GM tem afirmado que tem promovido contratações de trabalhadores em fábricas como São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC).
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