São Paulo - Em uma nova tentativa para evitar a concordata, a General Motors propôs a troca de seus títulos de dívida por ações da empresa. Se aprovado, o plano pode levar o governo dos Estados Unidos, seu maior credor, a tomar o controle acionário da montadora. A proposta de reestruturação, que inclui o fechamento de 13 fábricas e metade das concessionárias, o corte de 21 mil funcionários norte-americanos e a extinção da marca Pontiac, foi bem recebida pelo mercado. As ações da GM subiram 20,71% e fecharam a US$ 2,04, apesar do ceticismo de alguns analistas em relação à viabilidade do plano.
O próprio presidente-executivo da General Motors, Fritz Henderson, classificou como "tarefa difícil" convencer os credores a fazer a conversão até o dia 26 de maio, prazo previsto pela empresa para evitar a recuperação judicial. A GM tem até o dia 1º de junho para apresentar ao governo um programa de reestruturação satisfatório.
Se a proposta for aceita, a GM afirmou que conseguirá se desfazer de US$ 44 bilhões em dívidas. Nesse caso, o Tesouro dos EUA e o UAW, sindicato da indústria automotiva, passariam a deter até 89% das ações em circulação da empresa. Sozinho, o Tesouro ficaria com mais da metade dos papéis.
Chrysler
Em outra notícia do problemático mercado automotivo norte-americano, o grupo alemão Daimler (detentor da marca Mercedes) renunciou aos seus 19,9% restantes de participação na Chrysler e perdoou a dívida da qual é credor. O governo americano deu até o dia 1º de maio para a Chrysler apresentar um plano de reestruturação de suas responsabilidades financeiras e operações e que inclui uma aliança com a Fiat.